Este trabalho se propõe a refletir sobre o uso do termo arquivo em relação a coleções e lugares que se constituem a partir de materiais distintos dos documentos contidos em arquivos tradicionais, mas que utilizam este termo para serem identificados. Entende-se como arquivo tradicional aquele que responde à definição de conjunto de documentos produzidos por uma entidade com finalidades administrativas e comprobatórias. Ao longo do trabalho, é possível observar como a definição de documento passou por transformações ao longo do século XX e, por consequência, as definições de documento e de arquivo também sofreram transformações. Estas mudanças implicam em diferentes percepções e apropriações por parte dos usuários. Para entender as possibilidades de mediação destes arquivos “híbridos”, foi selecionado o exemplo de uma instalação permanente que é parte de um percurso museológico. Instalação que, através de uma linguagem mediadora de tipo poético, através de peças de arquivo, oferece ao público caminhos de apropriação não somente do próprio arquivo em sua função comprobatória, mas, também, uma reflexão epistemológica sobre a constituição das memórias através da lógica taxonômica que pertence ao arquivo. Trata-se da instalação permanente de Christian Boltanski dedicada à memória do massacre de Ústica, acontecimento durante o qual, em 27 de junho de 1980, um míssil até hoje de origem desconhecida derrubou um avião civil, matando 81 pessoas entre passageiros e tripulação.

Crippa, G., Damian, I. (2017). EXPANSÃO DO DOMÍNIO DO ARQUIVO: MEMÓRIA CULTURAL NA CONTEMPORANEIDADE, 1, 1-20.

EXPANSÃO DO DOMÍNIO DO ARQUIVO: MEMÓRIA CULTURAL NA CONTEMPORANEIDADE

Crippa, G.;
2017

Abstract

Este trabalho se propõe a refletir sobre o uso do termo arquivo em relação a coleções e lugares que se constituem a partir de materiais distintos dos documentos contidos em arquivos tradicionais, mas que utilizam este termo para serem identificados. Entende-se como arquivo tradicional aquele que responde à definição de conjunto de documentos produzidos por uma entidade com finalidades administrativas e comprobatórias. Ao longo do trabalho, é possível observar como a definição de documento passou por transformações ao longo do século XX e, por consequência, as definições de documento e de arquivo também sofreram transformações. Estas mudanças implicam em diferentes percepções e apropriações por parte dos usuários. Para entender as possibilidades de mediação destes arquivos “híbridos”, foi selecionado o exemplo de uma instalação permanente que é parte de um percurso museológico. Instalação que, através de uma linguagem mediadora de tipo poético, através de peças de arquivo, oferece ao público caminhos de apropriação não somente do próprio arquivo em sua função comprobatória, mas, também, uma reflexão epistemológica sobre a constituição das memórias através da lógica taxonômica que pertence ao arquivo. Trata-se da instalação permanente de Christian Boltanski dedicada à memória do massacre de Ústica, acontecimento durante o qual, em 27 de junho de 1980, um míssil até hoje de origem desconhecida derrubou um avião civil, matando 81 pessoas entre passageiros e tripulação.
2017
Crippa, G., Damian, I. (2017). EXPANSÃO DO DOMÍNIO DO ARQUIVO: MEMÓRIA CULTURAL NA CONTEMPORANEIDADE, 1, 1-20.
Crippa, G.; Damian, I.P.M
File in questo prodotto:
Eventuali allegati, non sono esposti

I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.

Utilizza questo identificativo per citare o creare un link a questo documento: https://hdl.handle.net/11585/742368
 Attenzione

Attenzione! I dati visualizzati non sono stati sottoposti a validazione da parte dell'ateneo

Citazioni
  • ???jsp.display-item.citation.pmc??? ND
  • Scopus ND
  • ???jsp.display-item.citation.isi??? ND
social impact