Esse artigo trata da receção do pensamento geográfico e político de Elisée Reclus por dois importantes militantes, intelectuais e representantes do “anarquismo transnacional” do século Vinte, pai e filha, Luigi e Luce Fabbri. Baseando-me sobre fontes primarias e arquivos inéditos, analiso aqui, em seus contextos, as traduções, estudos multilingues e interpretações que eles fizeram de Reclus, antes na Itália e depois no Uruguai, e o papel que esses trabalhos jogaram na circulação internacional e na ré-interpretação das ideias de Reclus e dos geógrafos anarquistas. Esse trabalho pretende ser uma contribuição aos estudos atuais sobre a circulação dos saberes e as geografias históricas da ciência, sobre o Transnational Turn das ciências sociais e especialmente sua aplicação à história do anarquismo, e também aos trabalhos recentes sobre as relações históricas e epistemológicas entre geografia e anarquismo.
Troca cultural e circulação do saber geográfico
Federico Ferretti
2015
Abstract
Esse artigo trata da receção do pensamento geográfico e político de Elisée Reclus por dois importantes militantes, intelectuais e representantes do “anarquismo transnacional” do século Vinte, pai e filha, Luigi e Luce Fabbri. Baseando-me sobre fontes primarias e arquivos inéditos, analiso aqui, em seus contextos, as traduções, estudos multilingues e interpretações que eles fizeram de Reclus, antes na Itália e depois no Uruguai, e o papel que esses trabalhos jogaram na circulação internacional e na ré-interpretação das ideias de Reclus e dos geógrafos anarquistas. Esse trabalho pretende ser uma contribuição aos estudos atuais sobre a circulação dos saberes e as geografias históricas da ciência, sobre o Transnational Turn das ciências sociais e especialmente sua aplicação à história do anarquismo, e também aos trabalhos recentes sobre as relações históricas e epistemológicas entre geografia e anarquismo.I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.