Que o pensamento reflita sobre o fim individual ou coletivo, dotado dos elementos que desenham uma ideia de Apocalipse, ou que se confronte com o paradigma empírico da catástrofe na história, o que se observa são representações contraditórias do trauma. Procuraremos discutir, nessa apresentação, como museus e memoriais lidam com o sentido de "catástrofe", utilizando alguns exemplos, dentre os quais o museu de Hiroshima, o museu de Minamoto e o museu do Tsunami do Havaí. Trataremos de como o Museu de Auschwitz/Birkenau tem removido o memorial dos deportados italianos por ser "muito artístico" e, principalmente, por carregar símbolos controversos, provocando uma "catástrofe" da narrativa da memória do próprio museu. Encerra nosso texto um esboço analítico do Museu de Arte Otsuka, no Japão, museu que adquire sentido somente quando colocado na perspectiva de uma catástrofe possível, de um fim, e que tece sua narrativa pela trama da tecnologia. O Museu de Otsuka existe porque a empresa Otsuka desenvolve uma tecnologia que, entre outras coisas, permite garantir uma espécie de eternidade a uma certa memória da arte.

Crippa, G. (2017). MUSEUS E EXPOSIÇÃO DAS CATÁSTROFES: POLÍTICAS.. Belo Horizonte : Even 3.

MUSEUS E EXPOSIÇÃO DAS CATÁSTROFES: POLÍTICAS.

Crippa, G.
2017

Abstract

Que o pensamento reflita sobre o fim individual ou coletivo, dotado dos elementos que desenham uma ideia de Apocalipse, ou que se confronte com o paradigma empírico da catástrofe na história, o que se observa são representações contraditórias do trauma. Procuraremos discutir, nessa apresentação, como museus e memoriais lidam com o sentido de "catástrofe", utilizando alguns exemplos, dentre os quais o museu de Hiroshima, o museu de Minamoto e o museu do Tsunami do Havaí. Trataremos de como o Museu de Auschwitz/Birkenau tem removido o memorial dos deportados italianos por ser "muito artístico" e, principalmente, por carregar símbolos controversos, provocando uma "catástrofe" da narrativa da memória do próprio museu. Encerra nosso texto um esboço analítico do Museu de Arte Otsuka, no Japão, museu que adquire sentido somente quando colocado na perspectiva de uma catástrofe possível, de um fim, e que tece sua narrativa pela trama da tecnologia. O Museu de Otsuka existe porque a empresa Otsuka desenvolve uma tecnologia que, entre outras coisas, permite garantir uma espécie de eternidade a uma certa memória da arte.
2017
Anais do Simpósio Científico 2017 - ICOMOS BRASIL
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Crippa, G. (2017). MUSEUS E EXPOSIÇÃO DAS CATÁSTROFES: POLÍTICAS.. Belo Horizonte : Even 3.
Crippa, G.
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Utilizza questo identificativo per citare o creare un link a questo documento: https://hdl.handle.net/11585/742361
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