Objetivo: Comparar a eficácia de implantes unitários imediatos pós-extração a implantes tardios, instalados em alvéolos preservados após 4 meses de cicatrização. Implantes com torque de inserção de pelo menos 35 Ncm foram imediatamente carregados em infraoclusão. Materiais e métodos: Logo após exodontia, quando havia pelo menos 4mm de perda vertical do osso vestibular em relação à parede palatina, 106 pacientes necessitando de implantes unitários imediatos pós-exodontia na maxila entre o 15 e 25, foram selecionados aleatoriamente para instalação imediata do implante (grupo imediato; 54 pacientes) ou para preservação alveolar utilizando osso bovino inorgânico recoberto por membrana colágena absorvível (grupo tardio: 52 pacientes), segundo um delineamento de grupo paralelo em três diferentes centros. Os espaços entre osso e implante foram preenchidos com osso bovino inorgânico, entretanto, 17 pacientes não receberam (correspondendo a 40% daqueles que deveriam receber enxerto). Quatro meses após a preservação alveolar, implantes tardios foram instalados. Os implantes com 35 Ncm foram imediatamente carregados com coroas provisórias unitárias em infraoclusão, e após quatro meses, com coroas finais. Os pacientes foram acompanhados até 1 ano após terem recebido carga: falhas nos implantes, complicações, estética avaliada pelo escore de estética rosa (EER), alteração no nível ósseo marginal peri-implantar e satisfação do paciente registrado por avaliadores cegos. Resultados: Dezenove implantes (35%) não foram imediatamente carregados no grupo imediato contra 39 implantes (75%) no grupo tardio, porque não se obteve um torque superior a 35 Ncm. Seis pacientes do grupo tardio desistiram 4 meses após o carregamento, e nenhum no grupo imediato. Dois implantes falharam no grupo imediato (6%), e nenhum no grupo tardio; sem diferença estatística significativa (diferença em proporções = 0,04; IC de 95%: -0,03 a 0,11; P = 0,187). Oito complicações menores ocorreram no grupo imediato e um no grupo tardio, isto foi estatisticamente significativo (diferença em proporções = 0,13; IC de 95%: 0,03 a 0,23; P = 0,028). Na entrega das coroas definitivas, 4 meses após a carga, o escore estético médio foi de 12,8 e 12,6 nos grupos imediato e tardio, respectivamente. Um ano após a carga, o escore estético médio foi de 13,0 e 12,8 nos grupos imediato e tardio, respectivamente. Não houve diferença estatística entre 4 meses (P = 0,500) e 1 ano (P = 0,615). Os níveis ósseos marginais na inserção do implante (após enxerto ósseo) foram de 0,10 mm para implantes imediatos e 0,02 mm para implantes tardios, os quais não tiveram diferença estatística significativa (diferença média = 0,08; IC de 95%; 0,04 a 0,12; P < 0.001). Um ano após a carga, pacientes do grupo imediato tiveram uma perda óssea média de 0,29 mm, uma diferença estatística significativa (diferença média = -0,06; IC de 95%: -0,11 a -0,01; P = 0,036). Pacientes de ambos grupos ficaram satisfeitos, tanto de 4 meses bem como 1 ano após a carga. Conclusões: Existem mais complicações com implantes imediatos após exodontia em comparação aos implantes tardios. Parece ser mais difícil obter inserção de implante com torque superior a 35 Ncm em alvéolos preservados com osso bovino inorgânico após 4 meses do período de cicatrização que os sítios pós-exodontia. O resultado estético foi similar em ambos os grupos.

Carga imediata de implantes após exodontia versus tardios em maxila anterior: resultado de estudo randomizado controlado multicêntrico pragmático de 1 ano após a carga

Barausse Carlo;Felice Pietro
2016

Abstract

Objetivo: Comparar a eficácia de implantes unitários imediatos pós-extração a implantes tardios, instalados em alvéolos preservados após 4 meses de cicatrização. Implantes com torque de inserção de pelo menos 35 Ncm foram imediatamente carregados em infraoclusão. Materiais e métodos: Logo após exodontia, quando havia pelo menos 4mm de perda vertical do osso vestibular em relação à parede palatina, 106 pacientes necessitando de implantes unitários imediatos pós-exodontia na maxila entre o 15 e 25, foram selecionados aleatoriamente para instalação imediata do implante (grupo imediato; 54 pacientes) ou para preservação alveolar utilizando osso bovino inorgânico recoberto por membrana colágena absorvível (grupo tardio: 52 pacientes), segundo um delineamento de grupo paralelo em três diferentes centros. Os espaços entre osso e implante foram preenchidos com osso bovino inorgânico, entretanto, 17 pacientes não receberam (correspondendo a 40% daqueles que deveriam receber enxerto). Quatro meses após a preservação alveolar, implantes tardios foram instalados. Os implantes com 35 Ncm foram imediatamente carregados com coroas provisórias unitárias em infraoclusão, e após quatro meses, com coroas finais. Os pacientes foram acompanhados até 1 ano após terem recebido carga: falhas nos implantes, complicações, estética avaliada pelo escore de estética rosa (EER), alteração no nível ósseo marginal peri-implantar e satisfação do paciente registrado por avaliadores cegos. Resultados: Dezenove implantes (35%) não foram imediatamente carregados no grupo imediato contra 39 implantes (75%) no grupo tardio, porque não se obteve um torque superior a 35 Ncm. Seis pacientes do grupo tardio desistiram 4 meses após o carregamento, e nenhum no grupo imediato. Dois implantes falharam no grupo imediato (6%), e nenhum no grupo tardio; sem diferença estatística significativa (diferença em proporções = 0,04; IC de 95%: -0,03 a 0,11; P = 0,187). Oito complicações menores ocorreram no grupo imediato e um no grupo tardio, isto foi estatisticamente significativo (diferença em proporções = 0,13; IC de 95%: 0,03 a 0,23; P = 0,028). Na entrega das coroas definitivas, 4 meses após a carga, o escore estético médio foi de 12,8 e 12,6 nos grupos imediato e tardio, respectivamente. Um ano após a carga, o escore estético médio foi de 13,0 e 12,8 nos grupos imediato e tardio, respectivamente. Não houve diferença estatística entre 4 meses (P = 0,500) e 1 ano (P = 0,615). Os níveis ósseos marginais na inserção do implante (após enxerto ósseo) foram de 0,10 mm para implantes imediatos e 0,02 mm para implantes tardios, os quais não tiveram diferença estatística significativa (diferença média = 0,08; IC de 95%; 0,04 a 0,12; P < 0.001). Um ano após a carga, pacientes do grupo imediato tiveram uma perda óssea média de 0,29 mm, uma diferença estatística significativa (diferença média = -0,06; IC de 95%: -0,11 a -0,01; P = 0,036). Pacientes de ambos grupos ficaram satisfeitos, tanto de 4 meses bem como 1 ano após a carga. Conclusões: Existem mais complicações com implantes imediatos após exodontia em comparação aos implantes tardios. Parece ser mais difícil obter inserção de implante com torque superior a 35 Ncm em alvéolos preservados com osso bovino inorgânico após 4 meses do período de cicatrização que os sítios pós-exodontia. O resultado estético foi similar em ambos os grupos.
2016
Esposito Marco, Barausse Carlo, Pistilli Roberto, Jacotti Michele, Grandi Giovanni, Tuci Lorenzo, Felice Pietro
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