O Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Internacional e Intercultural (CSI) da Universidade de Bolonha é um centro acadêmico criado em 2006 por um pequeno grupo de ativistas da área de saúde, insatisfeitos com a falta de compromisso social na prática e no ensino da medicina. O objetivo era reafirmar a saúde como direito humano fundamental e benéfico da comunidade, abordar as relações de poder entre a profissão médica e a comunidade como fator de risco para a saúde e adotar práticas de trabalho para enfrentá-las. De forma auto-reflexiva, o CSI começou a desenvolver práticas que fossem abertamente contra-hegemônicas abrindo um espaço de trabalho acadêmico participativo, horizontal, sem hierarquias, gerenciado com a método da unanimidade, aberto a professores, estudantes, profissionais da saúde e a todos que compartilham as finalidades. Como centro universitário, o CSI pretende utilizar a pesquisa e o ensino como ferramenta de transformação social e de promoção da saúde através de diferentes ações: desenvolver pesquisas e atividades didáticas auto-reflexivas quanto às relações de poder, com abordagem de saúde global, tentando conectar os problemas locais com o contexto global, enfatizando a necessidade de uma abordagem transdisciplinar e participativa; promover a transformação dos curriculuns promovendo perspectivas multi-profissionais, participativas, capazes de modificar o saber, saber fazer e saber ser dos estudantes; facilitar o contato de estudantes e profissionais com o trabalho participativo e com metodologias quali-quantitativas, com a complexidade cotidiana na vida das pessoas, enquadrando os processos saúde-doença na estrutura das determinantes sociais e das desigualdades em saúde; fortalecer a conexão entre academia e sociedade construindo parcerias em particular com a porção mais frágil da comunidade a partir dos problemas percebidos; Hoje o centro conta mais de 30 voluntários e bolsistas de diferentes áreas, propõe mais de 150hs de didática participativa e multiprofissional, pesquisas desenvolvidas com a comunidade e colaborações com redes de promoção da saúde nacionais e internacionais. Os principais problemas encontrados são relativos à atitude conservadora da academia frente as mudanças; a dificuldade dos profissionais em abordar o tema das relações de poder e de se identificar como fator de risco potencial para a saúde; a dificuldade dos médicos em aceitar abordagens multi-metodológicas e trabalhar em equipes multidisciplinares.
Martino A., Sintoni F., Marta B. L., Ariatti B., Bodini C., Cacciatore F., et al. (2012). O ensino como ferramenta de transformação social e promoção da saúde: a experiencia do Centros de Estudos e Pesquisa em Saúde Internacional e Intercultural (CSI) da Universidade de Bologna. INTERFACE, Interface - Comunicação, Saúde, 160-160.
O ensino como ferramenta de transformação social e promoção da saúde: a experiencia do Centros de Estudos e Pesquisa em Saúde Internacional e Intercultural (CSI) da Universidade de Bologna
MARTINO, ARDIGO';SINTONI, FRANCESCO;MARTA, BRIGIDA LILIA;ARIATTI, BARBARA;BODINI, CHIARA FRANCESCA;CACCIATORE, FRANCESCA;CAMPLONE, ILARIA;CIANNAMEO, ANNA;DI GIROLAMO, CHIARA;FABBRI, ALICE;MARANINI, NADIA;TORTORETO, BRUNELLA;LORUSSO, ANGELO;STEFANINI, ANGELO
2012
Abstract
O Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Internacional e Intercultural (CSI) da Universidade de Bolonha é um centro acadêmico criado em 2006 por um pequeno grupo de ativistas da área de saúde, insatisfeitos com a falta de compromisso social na prática e no ensino da medicina. O objetivo era reafirmar a saúde como direito humano fundamental e benéfico da comunidade, abordar as relações de poder entre a profissão médica e a comunidade como fator de risco para a saúde e adotar práticas de trabalho para enfrentá-las. De forma auto-reflexiva, o CSI começou a desenvolver práticas que fossem abertamente contra-hegemônicas abrindo um espaço de trabalho acadêmico participativo, horizontal, sem hierarquias, gerenciado com a método da unanimidade, aberto a professores, estudantes, profissionais da saúde e a todos que compartilham as finalidades. Como centro universitário, o CSI pretende utilizar a pesquisa e o ensino como ferramenta de transformação social e de promoção da saúde através de diferentes ações: desenvolver pesquisas e atividades didáticas auto-reflexivas quanto às relações de poder, com abordagem de saúde global, tentando conectar os problemas locais com o contexto global, enfatizando a necessidade de uma abordagem transdisciplinar e participativa; promover a transformação dos curriculuns promovendo perspectivas multi-profissionais, participativas, capazes de modificar o saber, saber fazer e saber ser dos estudantes; facilitar o contato de estudantes e profissionais com o trabalho participativo e com metodologias quali-quantitativas, com a complexidade cotidiana na vida das pessoas, enquadrando os processos saúde-doença na estrutura das determinantes sociais e das desigualdades em saúde; fortalecer a conexão entre academia e sociedade construindo parcerias em particular com a porção mais frágil da comunidade a partir dos problemas percebidos; Hoje o centro conta mais de 30 voluntários e bolsistas de diferentes áreas, propõe mais de 150hs de didática participativa e multiprofissional, pesquisas desenvolvidas com a comunidade e colaborações com redes de promoção da saúde nacionais e internacionais. Os principais problemas encontrados são relativos à atitude conservadora da academia frente as mudanças; a dificuldade dos profissionais em abordar o tema das relações de poder e de se identificar como fator de risco potencial para a saúde; a dificuldade dos médicos em aceitar abordagens multi-metodológicas e trabalhar em equipes multidisciplinares.I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.