O artigo analisa a memória poética da experiência da Guerra Colonial identificando expressões díspares do poético: poemas de valor predominantemente documental; uma poesia da época que integra a Guerra Colonial e também a expõe pelo canto; e uma poesia de poetas da Guerra Colonial. O arquivo poético construído pela Antologia da Memoria Poética da Guerra Colonial, organizada pelos autores deste artigo demonstra que só o advérbio “Ainda” – aquele com que Manuel Alegre fecha uma viagem sem regresso– mostra como a guerra continua por dentro das palavras, por dentro dos versos, denunciando a profundidade da inscrição da guerra no presente.
R. Vecchi, M. Calafate Ribeiro (2012). Versos e gritos: memória poética da guerra colonial. ABRIL, vol 5 n.9, 25-39.
Versos e gritos: memória poética da guerra colonial
VECCHI, ROBERTO;
2012
Abstract
O artigo analisa a memória poética da experiência da Guerra Colonial identificando expressões díspares do poético: poemas de valor predominantemente documental; uma poesia da época que integra a Guerra Colonial e também a expõe pelo canto; e uma poesia de poetas da Guerra Colonial. O arquivo poético construído pela Antologia da Memoria Poética da Guerra Colonial, organizada pelos autores deste artigo demonstra que só o advérbio “Ainda” – aquele com que Manuel Alegre fecha uma viagem sem regresso– mostra como a guerra continua por dentro das palavras, por dentro dos versos, denunciando a profundidade da inscrição da guerra no presente.I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.