No dia 30 de agosto de 2023, na comunidade de Nazaré (município de Lagoa de São Francisco-PI), foi inaugurado o Museu dos Povos Indígenas do Piauí (MUPI). As narrativas desenvolvidas pelas mí- dias municipais e estaduais abordam o evento como o sucesso de uma iniciativa promovida pelas instituições estaduais que buscam apoiar as reivindicações políticas dos povos indígenas. Na realidade, o MUPI constitui o resultado de um conjunto de processos mais complexos e articulados em nível local, estadual e nacional que têm nos povos Tabajara e Tapuio-Itamaraty, moradores da comunidade Nazaré, seus protagonistas e no Museu Indígena “Anízia Maria” o in- strumento privilegiado para o reconhecimento de memórias e identi- dades silenciadas. Este artigo analisa algumas etapas desta trajetória desde 2016 até os dias de hoje, focando nos eventos mais marcantes associados ao processo de fortalecimento identitário e político dos povos Tabajara e Tapuio que corroboraram com a criação do MUPI. Palavras-chave: museus indígenas; povos indígenas no Piauí; mobilização política; narrativas contra-hegemônicas.

Bottesi, A., Karoline Tavares Gomes, H., da Silva Nascimento, E. (2024). De Museu Indígena Anízia Maria a Museu dos Povos Indígenas do Piauí: Processos Museológicos Colaborativos, Contra-Narrativas e Protagonismo Político dos Tabajara e Tapuio - Itamaraty/PI. PRÁTICAS DA HISTÓRIA, 19, 69-103 [10.48487/pdh.2024.n19.35917].

De Museu Indígena Anízia Maria a Museu dos Povos Indígenas do Piauí: Processos Museológicos Colaborativos, Contra-Narrativas e Protagonismo Político dos Tabajara e Tapuio - Itamaraty/PI.

Anna Bottesi
Primo
;
2024

Abstract

No dia 30 de agosto de 2023, na comunidade de Nazaré (município de Lagoa de São Francisco-PI), foi inaugurado o Museu dos Povos Indígenas do Piauí (MUPI). As narrativas desenvolvidas pelas mí- dias municipais e estaduais abordam o evento como o sucesso de uma iniciativa promovida pelas instituições estaduais que buscam apoiar as reivindicações políticas dos povos indígenas. Na realidade, o MUPI constitui o resultado de um conjunto de processos mais complexos e articulados em nível local, estadual e nacional que têm nos povos Tabajara e Tapuio-Itamaraty, moradores da comunidade Nazaré, seus protagonistas e no Museu Indígena “Anízia Maria” o in- strumento privilegiado para o reconhecimento de memórias e identi- dades silenciadas. Este artigo analisa algumas etapas desta trajetória desde 2016 até os dias de hoje, focando nos eventos mais marcantes associados ao processo de fortalecimento identitário e político dos povos Tabajara e Tapuio que corroboraram com a criação do MUPI. Palavras-chave: museus indígenas; povos indígenas no Piauí; mobilização política; narrativas contra-hegemônicas.
2024
Bottesi, A., Karoline Tavares Gomes, H., da Silva Nascimento, E. (2024). De Museu Indígena Anízia Maria a Museu dos Povos Indígenas do Piauí: Processos Museológicos Colaborativos, Contra-Narrativas e Protagonismo Político dos Tabajara e Tapuio - Itamaraty/PI. PRÁTICAS DA HISTÓRIA, 19, 69-103 [10.48487/pdh.2024.n19.35917].
Bottesi, Anna; Karoline Tavares Gomes, Helane; da Silva Nascimento, Elayne
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Utilizza questo identificativo per citare o creare un link a questo documento: https://hdl.handle.net/11585/1010046
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