Menores Estrangeiros não Acompanhados: oportunidades de estudo e de trabalho : pesquisa qualitativa nas comunidades de segunda acolhida na Emília-Romanha (Itália)

Nos últimos anos, o interesse e a atenção à realidade dos Menores Estrangeiros Não Acompanhados1 vêm aumentando. Tornando-se quantitativamente significativa e sendo caracterizada por problemáticas às vezes elevadas e específicas, essa realidade tem exortado o compromisso dos legisladores na definição de normas destinadas a proteger o melhor interesse dessa particular tipologia de menores, bem como dos operadores do campo socioassistencial e educacional (mas não apenas), em um esforço capaz de garantir-lhes uma recepção de acordo com a disciplina interna e supranacional e suas necessidades educacionais e sociais. São inúmeras as pesquisas e as publicações científicas produzidas sobre o tema, especialmente no campo jurídico, mas também no sociológico, psicológico, psiquiátrico, antropológico e pedagógico. A presença desses menores na Itália (embora, como veremos, com diferente relevância ao longo dos anos e nos diferentes territórios regionais) demandou a quem escreve aprofundar seus conhecimentos através do estudo, da pesquisa e da didática, com a intenção prioritária de promover o reconhecimento e o respeito de seus direitos, assim como a possível e positiva inserção no contexto social em que ocorre, e 70 provavelmente ocorrerá, suas vidas como resultado de rotas migratórias muitas vezes difíceis e tortuosas. O compromisso de pesquisa nessa área também encontra motivação pelo interesse significativo pela temática dos alunos e das alunas dos cursos de laurea triennale2 em Educador Social e Cultural, laurea magistrale em Pedagogia, etc., e à plena relevância pedagógica e educacional, especialmente na perspectiva intercultural das problemáticas que lhe dizem respeito.