O objectivo da persquisa é monstrar como a permanência da história e do imaginário imperial seja um traço importante da literatura portuguesa contemporânea. Tendo como referência principal o romance de Helder Macedo Partes de África, a leitura apresentada vai na direcção de reconhecer as estretégias narrativas da ironia e da paródia como um meio para obrigar a uma leitura mais atenta e complexa, procurando uma relação mais apertada e colaboradora com o leitor. A ironia e a paródia apresentam-se, neste contexto, como estratégias do discurso capazes de desvendar a relação com as referências canónicas, de baixar os modelos mesmo reconhecendo a sua importância e de proporcionar um espaço crítico onde colocar uma leitura do presente. Neste espaço encontra-se a dificuldade da assunção duma responsabilidade colectiva perante à representação da história e à escolha selectiva da memória. O poder/dever de assumir a herança e, quando possível, de fazer escolhas, é assim devolvido ao leitor.

C. Magnante (2012). «O império portátil» dos portugueses: ironia, paródia e imaginários.. V.N. FAMALICÃO : Humus.

«O império portátil» dos portugueses: ironia, paródia e imaginários.

MAGNANTE, CHIARA
2012

Abstract

O objectivo da persquisa é monstrar como a permanência da história e do imaginário imperial seja um traço importante da literatura portuguesa contemporânea. Tendo como referência principal o romance de Helder Macedo Partes de África, a leitura apresentada vai na direcção de reconhecer as estretégias narrativas da ironia e da paródia como um meio para obrigar a uma leitura mais atenta e complexa, procurando uma relação mais apertada e colaboradora com o leitor. A ironia e a paródia apresentam-se, neste contexto, como estratégias do discurso capazes de desvendar a relação com as referências canónicas, de baixar os modelos mesmo reconhecendo a sua importância e de proporcionar um espaço crítico onde colocar uma leitura do presente. Neste espaço encontra-se a dificuldade da assunção duma responsabilidade colectiva perante à representação da história e à escolha selectiva da memória. O poder/dever de assumir a herança e, quando possível, de fazer escolhas, é assim devolvido ao leitor.
2012
Itinerâncias. Percursos e representações da pós-colonialidade
153
162
C. Magnante (2012). «O império portátil» dos portugueses: ironia, paródia e imaginários.. V.N. FAMALICÃO : Humus.
C. Magnante
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